domingo, 5 de agosto de 2012
Scones
Não sei exatamente o que me inspirou a pesquisar estes pãezinhos, a vontade quase incontrolável de prová-los. Após analisar várias receitas descobri que os pãezinhos de origem inglesa são similares ao nosso pãozinho de minuto.
A massa amanteigada da receita que faço normalmente, modelada com o cortador de biscoito como são os scones ficou perfeita. Como esta massa não pode ser muito manipulada deve-se trabalhá-la rapidamente.
Cortador de biscoitos
Ingredientes:
2 xícaras de farinha de trigo
1 xícara de amidi de milho
2 colheres (sopa) de fermento em pó
1 colher ( chá rasa) de sal
3 colheres (sopa) de açúcar
3 colheres (sopa) de manteiga
3/4 xícara de leite
2 ovos
Modo de fazer:
Peneire juntos os 4 primeiros ingredientes secos 3 vezes. Junte a manteiga beliscando com a farinha para obter uma farofa soltinha. Reserve.
Bata os ovos com um garfo e misture o leite e o açúcar. Junte a farofa reservada, misture rapidamente sem bater, apenas misturando. Na bancada enfarinhada despeje a massa e estique coma as mãos até obter uma espessura de 2 cm. Corte com o cortador de biscoitos ou com a borda de um copo mergulhado na farinha.
Para obter scones fofinhos macios, ao juntar os ingredientes líquidos aos secos miture-os bem, porém rapidamente. Estenda a massa manipulando-a o menos possível, estendendo-a com as mãos. O forno deve ser quente para que cresçam depressa e fiquem dourados.
Minha paixão pela Inglaterra começou quando conheci a escritora Rosamunde Pilcher, apesar de nunca ter estado lá, viajei através de seus livros pelas praias da Cornualha, pelas paisagens rurais de Temple Pudley....enfim li todos os seus livros e sinto não ter mais livros, pois ela não escreveu mais.
Cito um trecho do primeiro livro que li, o famoso " Os Catadores de Conchas. "
... Deveria medir um metro e meio por um e dominava toda a sala. Os Catadores de Conchas, Olívia sabia que jamais se cansaria do quadro, mesmo tendo convivido com ele a maior parte de sua vida.
O céu ventoso, com nuvens que corriam; o mar encapelando-se em ondas coroadas de espuma alva, que se vinham quebrar com estrondo sobre a praia. Os rosas e cinzas sutis de areia; poças rasas deixadaspela maré alta, cintilando com translúcidos reflexos da luz do sol.
E as figuras das três crianças, agrupadas a um canto da tela: duas meninas com chapéu de palha, os vestidos apanhados para cima, e um menino. Todos de pernas bronzeadas, descalços e absorvidos pelo conteúdo de um balde escarlate.....
Acho que este trecho do livro, onde a descrição do quadro que dá título ao livro, reflete um pouco da capacidade de Rosamunde de nos colocar dentro da paisagem, ela me toca profundamente.....esta leitura acompanhada por scones quentinhos e uma fumegante xícara de chá, me faz conhecer um pouco do interior da Inglaterra sem sair de casa.
Espero que gostem!
Beijos.
Sandra Nunes
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